A árvore na arborização urbana

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“Ipê florido
as abelhas zunem
folhas caídas.”

Rubem jardim

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A árvore é um vegetal que possui um caule lenhoso, denominado tronco.  Sempre composta por raiz, caule, ramos, flores, folhas e na maioria dos casos frutas ou frutos.

Há espécies que são nativas, ou seja, inatas numa determinada área geográfica, não ocorrendo naturalmente em outras regiões.

Há espécies exóticas que não são nativas de uma determinada área ou região. Cuidado com essa definição pois pode ser usada com tom pejorativo. Mesmo sendo exótica a espécie ou exemplar tem potencial paisagístico e até função ecológica e cultural em determinadas circunstâncias.

Há também espécies exóticas Invasoras que ao serem introduzidas reproduzem com sucesso, resultando no estabelecimento de populações que se expandem e ameaçam ecossistemas, habitats ou espécies com danos econômicos e ambientais. As cidades são cheias de exemplos assim.

A arborização urbana é o conjunto de exemplares arbóreos de diferentes origens que compõem a vegetação localizada em área urbana.

A arborização como conceito, deve ser compreendida não somente como o plantio de árvores nos passeios públicos, mas como a possibilidade de incremento e manutenção de áreas ecologicamente ativas, convergindo ao desenvolvimento sustentável

A floresta urbana é o conjunto de árvores, arbustos, palmeiras urbanas, e toda vegetação de ambientes habitados e em locais que interferem nos ambientes urbanos (cinturões verdes, matas ciliares, parques e demais locais de recreação e a vegetação circunvizinha às estradas).

Apesar do porte de árvore, as palmeiras não são árvores. Apesar do jeitão de árvore, os arbustos sonham em ser árvores, mão nunca terão porte de árvore.

Botânicos, dividem as plantas em ordens, famílias, gêneros e espécies classificam assim também as várias árvores do nosso planeta. Levamos em conta copa, da folha, flores, frutos e estruturas reprodutivas. O Tipo de madeira da árvore influencia a classificação. Daí a importância da catalogação de todas as espécies.

Existem de 60 mil espécies de árvores no planeta. Elas diferem quanto às folhas, flores, frutos, estrutura reprodutiva e copa.

Através do seu sistema radicular, fixada ao chão e se desenvolvem para baixo e para os lados, o que também a mantém em formato de parte de sua copada. Isso em uma floresta é uma baita vantagem evolutiva, isso em uma calçada ou quintal pode se tornar uma baita encrenca.

Com uma frequência já determinada ao longo do tempo e da espécie as árvores dão origem a uma camada de vasos lenhosos, que são responsáveis pelo transporte da seiva. Com o passar do tempo, estes vasos suspendem suas funções do centro para fora e ficam recobertos de taninos e resinas, formando um cerne forte na maioria das espécies, fazendo a parte inferior do lenho ficar mais endurecida e resistente.

A formação dos anéis anuais está intimamente relacionada a primavera e o verão e ao outono e inverno. Em geral na primavera e verão com seus dias mais longos, chuva e calor, as árvores crescem e no outono inverno com seus dias mais curtos, secos e frios a árvore não cresce.  Esses anéis são como pausas e sons dramáticos na música do crescimento das árvores.

Ao trazer espécies da floresta para a cidade, selecionando essa ou aquela espécie, por conta da beleza, do fruto ou do tipo de folhagem o ser humano acaba por trazer os benefícios e muitos problemas de acordo com a espécie.

Em uma cidade os parques são locais onde a árvore pode em geral manifestar quase todo seu potencial, afinal são grandes áreas abundantemente arborizadas ou potencialmente arborizáveis. O que nem sempre acontece em jardins, ou mesmo as praças, são espaços destinados mais ao convívio social. Nestes locais são utilizadas árvores porte pequeno e médio com espaçamento grande entre uma e outra.

A arborização de ruas e avenidas exige muito mais do ponto de vista técnico e administrativo, devendo ser encarado como um dos componentes do plano de desenvolvimento e expansão dos municípios e deve ser levado como muita seriedade. As árvores pedirão intervenções, mediante o uso de técnicas específicas, com o objetivo de mantê-la, conservá-la e adequá-la ao ambiente. Isso não acontece na floresta. Assim como não há veterinários na floresta para cuidar de cada animal doente.

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