SiteLock A vida no solo do jardim -

A vida no solo do jardim

Retorno hoje a um tema da qual eu gosto muito: O SOLO.

Componentes de um solo bem estruturado: solo são

Quando eu me refiro ao solo, eu não estou falando apenas da camada mineral, de rocha decomposta, longe disso, estou falando das pequenas formas de vida que colonizam essa camada de minerais e restos vegetais e animais, transformando-os, como resultado em ‘solo’.

A vida em um punhado de solo do jardim.

CAMADA VIVA E COM DIVERSIDADE

Solo é um termo usado para explicitar a “vida” que colonizou as diferentes formações de terra, então é dessa “camada viva” que alguns chamam comumente de terra preta ou de húmus, é disso que estou falando.

Matéria viva, matéria orgânica das podas, indo para a compostagem.

Quando eu falo “vida do solo” estou falando de pequenos micro-organismos microscópicos, tais como as bactérias e as leveduras e dos microrganismos maiores.

COMPOSTAGEM SEM FRESCURA

Esse processo de colonização da terra, pode ser acompanhado de forma divertida, por exemplo, numa simples compostagem caseira, formada pela deposição de folhas restos de galhos, com a terra de um jardim. A brincadeira terá como resultado, farto conteúdo nutritivo para suas plantas.

Compositeiras caseiras : compostagem sem frescura.

O SOLO DA FLORESTA SE AUTO REGENERA E SE NUTRE

Repetidamente, eu faço as mesmas trilhas reservas florestais, guiando, por estes locais, diversos grupos de visitantes, com diferentes idades. Nessas rotineiras tarefas, observei que as diferentes formações florestais, ao longo do ano, apresentavam diferentes quantidades de deposição de folhas e galhos, que caíam das árvores por conta dos ventos, das chuvas, das secas, dentre outros fatores; de forma que este material, ao longo do tempo vem se depositando, se acumulando e se decompondo gradativamente. A floresta, como resultado, se alimenta vivamente dessa matéria aparentemente morta.

Ciclo de uma folha. Mokite Okada, escreveu em 20 de novembro de 1931: 
“Quando apanho uma folha seca caída no chão, sinto nela a indiscutível Lei do Ciclo da Vida.” 

Muitas vezes por curiosidade, eu revolvo em diversos pontos, essas camadas de folhas, galhos, troncos, frutos e sementes acumulados ao longo dos anos e percebo esse processo de decomposição: colorido, perfumado e cheio de pequenos animais. Tanto quanto mais em contato com este solo antigo, com esta “matéria orgânica”, com esses “húmus florestal” já formado, estabelecido. É o ciclo que se fecha.

A Ouroboros ou Oroboro é uma criatura mitológica, uma serpente que engole a própria cauda formando um círculo e que simboliza o ciclo da vida, o infinito, a mudança, o tempo, a evolução, a fecundação, o nascimento, a morte, a ressurreição, a criação, a destruição, a renovação. Muitas vezes, esse símbolo antigo está associado à criação do Universo.

Nos diferentes períodos em que as árvores  liberam  sementes, noto também, uma grande profusão de plântulas nascendo em meio a essa matéria orgânica florestal. Essa matéria nutritiva, faz com que a vida possa vicejar no rico chão das nossas florestas.

Isso de fato, fez com que eu me interessasse pelo assunto e reproduzisse este fenômeno, que o observava nas trilhas principalmente na Mata Atlântica, em meus jardins.

A fauna e a flora se beneficiando do agradável micro-clima do jardim.

Sendo assim, eu trouxe esta experiência para dentro do meu jardim e o levei também para meus projetos de recomposição e reflorestamento, onde pude fazer diversos modelos, utilizando para isso podas de galhos finos picados com tesouras, além de folhas, muitas e muitas camadas de folhas.

A soma dessas práticas e observações interessantes, tenho o prazer de compartilhar com você: 

A vida no solo de um jardim ecológico e semelhante ao de uma floresta.

OBSERVAÇÕES SOBRE A VIDA NO SOLO

  1. A “matéria orgânica” parece ter fome, ela parece ter vida própria.
  2. Parece se alimentar, de cada nova camada que eu deposito.
  3. No início de fato parece algo inicialmente bastante caótico, mas dê tempo ao tempo.
  4. Diferentes microrganismos vão ocupando diferentes camadas desse material em transformação.
  5. Os diferentes extratos dentro uma compostagem, são demarcados, de forma que aqui e ali a diversidade de vida, vai se multiplicando.
  6. Eu fiquei observando como esses micro-organismos decompositores interagem, são de grupos e reinos diferentes.
  7. A ação dos decompositores é diferente ao longo das Quatro Estações. Nos períodos mais secos e frios e nos períodos chuvosos e quente.
  8. A decomposição passa por ciclos anuais, mesmo durante o inverno, principalmente aqui na região sudeste, onde eu moro, a decomposição acontece mesmo de noite.
  9. Muitos desses micro-organismos, gostam de trabalhar na escuridão, parecem mesmo não gostar da luz do sol, parecem ter uma aversão natural as luzes acabam trabalhando durante o dia, desde que estejam protegidos da luz.
  10. Essas atividades que eu chamo de microbiológica transformam então a terra marrom comum ou até terras arenosas, em uma terra preta.
  11. Esses micro-organismos eles acabam criando galerias no solo, deixando-os arejados.
  12. Essa matéria orgânica mantém a umidade no solo e a maioria das plantas nativas, parecem gostar muito de crescer neste tipo de solo.
  13. Uma coisa que eu fiz, quando mudei de uma casa para outra, no antigo jardim, eu já fazia este processo, curiosamente eu trouxe para casa nova, grande quantidade desses húmus. Isso fez com que o solo,  que estava muito tempo degradado e onde só crescia capim,  pudesse permitir a formação da vida nova no meu jardim,  criando ambiente para minhas plantas que foram muitos casos tiradas de vasos e transplantados nessa terra renovada,  criando,  por fim,  um jardim com muita biodiversidade (é importante  aqui salientar que eu não estou falando de biodiversidade apenas de plantas,  eu estou falando de biodiversidade de microrganismos de diferentes espécies de diferentes grupos vivendo neste solo vivo, nesse solo são.
  14. Alguns micro-organismos, como eu disse, são muito pequenos, são mesmo microscópicos, sendo assim possível observá-los no microscópio e alguns são macroscópicos sendo possível observá-los a olho nu, bastando revolver a terra.

 Estou expondo algo que vai muito além das minhocas, da tradicional e importante “minhoca no Jardim”.

Se você parar para observar de forma profunda e meditativa, solo do seu jardim, é realmente um universo de inter-relações de seres de diferentes reinos e grupos biológicos, de seres invertebrados, de diferentes grupos de insetos, de fungos, de bactérias. Se você gosta de suas plantas de verdade, pare para estudar a parte mineral da terra do seu jardim e a sua parte biológica do solo do seu jardim.

SOLO SÃO, É IGUAL, PLANTA SÃ.

Veja mais dos meus conteúdos e me siga nas redes sociais:

Curso on line de jardinagem: https://demislima.com.br/jardinagemdedoverde

Me siga: https://linktr.ee/demis_botanico

Se você gostou desse conteúdo curta e compartilhe com as pessoas queridas.

Pensando no futuro, cultive desde já: jardins, árvores e amigos, obrigado pela companhia e até o nosso próximo momento no jardim.

Me siga nas redes sociais e fique por dentro em primeira mão de todas as novidades com conteúdos muito ricos sobre o cultivo de jardins, árvores e amigos:

“Pensando no futuro, cultive desde já: JARDINS, ÁRVORES E AMIGOS.”

Para ficar por dentro das novidades em primeira mão:

No youtube:
https://www.youtube.com/demislima?sub_confirmation=1

No facebook:
https://www.facebook.com/Demisbotanico/

Grupo no facebook:
https://www.facebook.com/groups/332342280565459/

Instagram :
https://www.instagram.com/demis_botanico/

Para cursos, palestras e personal gardener:
contato@demislima.com.br
0xx 15 99119 4881

Veja mais no site : https://demislima.com.br/

Todas as redes sociais: https://linktr.ee/demis_botanico

COMUNICAÇÃO VISUAL E PRODUÇÃO:
André Guilherme
https://linktr.ee/knowmad.br

 

SiteLock