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EXTINÇÕES EM MASSA QUE ACONTECERAM NA TERRA PARTE 5 de 6 O FIM DOS DINOSSAUROS – CRETÁCEO-PALEÓGENO E COMO ERA A FLORA NESSA ÉPOCA.

O FIM DOS DINOSSAUROS – CRETÁCEO-PALEÓGENO E COMO ERA A FLORA NESSA ÉPOCA.

Há 66 milhões de anos (fim do período Cretáceo) um meteoro com comprimento entre 10 km e 80 km colidiu com a Terra na região onde hoje fica a península de Yucatán.

A Era Mesozoica, também chamada de “Era Secundária”, está dividida em três períodos, a saber:

Triássico: corresponde ao período entre 250 a 205 milhões de anos atrás.

Jurássico: corresponde ao período entre 205 a 142 milhões de anos atrás.

Cretáceo: corresponde ao período entre 135 a 65 milhões de anos atrás.

De tempos em tempos, a Terra passa por grandes tragédias. Algumas, como a que se abateu no Cretáceo-Paleógeno especialmente sobre os pobres dinossauros.

De tempos em tempos, a Terra passa por grandes tragédias. Algumas, como a que se abateu no Cretáceo-Paleógeno especialmente sobre os pobres dinossauros.

Nota 1 do Demis: Cretáceo: Do Latim  CRETA, “giz, material calcáreo”.

Nota 2 do Demis: A Paleobotânica é uma área da paleontologia que, como tal, articula saberes de outras áreas do conhecimento, tais como a biologia e a geologia, para localizar, analisar e interpretar registros de organismos vegetais em rochas sedimentares formadas há milhares ou milhões de anos atrás. De maneira geral, pode-se dizer que os paleobotânicos são como historiadores das plantas que buscam organizar a complexa pintura da história do reino vegetal (1).

Folha fóssil preservada na forma de impressão compressão.

Período – Cretáceo.

Época* – 65.5 milhões de anos atrás

Começou há 145 milhões de anos e terminou há 66,4 milhões de anos. Com uma duração de cerca de 79 milhões de anos, é o período Fanerozoico mais extenso, e é ainda mais longo que toda a Era Cenozóica.

Foi a extinção em massa mais recente ocorrida há mais ou menos 65,5 milhões de anos.

Este evento teve um enorme impacto na biodiversidade da Terra e vitimou boa parte dos seres vivos da época, incluindo os dinossauros e outros répteis gigantes. O registro estratigráfico mostra que o desaparecimento abrupto das espécies que foram extintas coincide com um nível estratigráfico, denominado nível K-Pg, rico em irídio, um elemento químico pouco abundante na Terra e geralmente associado a corpos extraterrestres ou a fenômenos vulcânicos.

 Diversas teorias tentam explicar a extinção K-T, sendo que a mais aceita atualmente é a que justifica a catástrofe como sendo resultado da colisão de um asteroide com a Terra.

Embora bastante consistente, a teoria do impacto de um asteroide com a Terra há 65,5 milhões de anos pode não estar correta. Pesquisas recentes concluíram que o impacto de asteroide em Chicxulub ocorreu 300 mil anos antes do grande extermínio.

Também existe a possibilidade de que milhares de anos depois da queda do asteroide na América do Norte outro asteroide tenha se chocado com o planeta, mas dessa vez o impacto teria sido no oceano e, por isso, os seus vestígios ainda não foram encontrados. Dependendo do tamanho desse suposto segundo asteroide, o impacto no oceano teria causado imensas tsunamis que teriam varrido a costa de vários continentes e concluído com o extermínio dos dinossauros e das demais espécies extintas. Um grande reforço a esta hipótese surgiu em 1987 com a descoberta de uma cratera submarina na Nova Escócia, Canadá, conhecida atualmente como cratera de Montagnais.

A cratera de Montagnais possui uma idade aproximada de 65,5 milhões de anos e um diâmetro de cerca de 45 quilômetros, em virtude disso muitos estudiosos afirmam que a mesma possa ter tido relação direta com a extinção.

Foi um evento severo, causando uma extinção em cadeia. Partículas atmosféricas bloquearam a luz do sol, reduzindo a quantidade de energia solar que chega à superfície da Terra, as espécies que dependem da fotossíntese sofreram declínio ou extinguiram-se. Tais organismos era a base da cadeia alimentar no fim do Cretáceo e assim, evidências sugerem que animais herbívoros morreram e consequentemente, os predadores do topo da cadeia tal como o Tiranossauro rex.

IMPORTANTE PARA BOTÂNICOS:

PALEOBOTÂNICA

Estuda as plantas fósseis de um modo geral. Na maioria das vezes apenas uma parte da planta fica preservada, acarretando novas especializações: uns se dedicando aos estudos dos lenhos, outros aos das folhas. Uma grande parte estuda pólens e esporos, que devido à sua excepcional preservação são amplamente usados para datação e são abordados dentro da Micropaleontologia, mais especificamente na Paleopalinologia.

A- Tronco de Gimnosperma do Triássico do Rio Grande do Sul (Museu de Paleontologia da UFRGS); B- Folha de Glossopteris do Permiano da Austrália.

Durante o Cretáceo o supercontinente Pangeia completou sua separação tectônica dando origem aos continentes como conhecemos atualmente, embora estivessem em posições bem diferentes naquele período. O supercontinente Gondwana que fazia parte da Pangeia, continuou seu processo de separação iniciado no Jurássico Superior. A Antártica, Madagascar, Índia e Austrália começaram a se separar da África e a América do Sul. A América do Sul começa a se deslocar para oeste abrindo um espaço entre ela e a África, dando origem ao Oceano Atlântico Sul. Essa separação criou um isolamento geográfico em larga escala, causando uma grande diversificação evolutiva em toda a vida terrestre. Essa separação também criou amplas zonas costeiras e um aumento do número de novos habitats. Além disso, as estações começaram a se ampliar e a ficar mais pronunciada com um clima global frio, ainda semelhante ao final do Jurássico, porém após o Berriasiano a temperatura aumenta novamente permanecendo assim até o final do cretáceo.

Diásporos sementes fósseis mineralizadas

Neste período surgem às primeiras angiospermas (plantas com flores) e com elas as florestas evoluíram para uma aparência similar as florestas atuais. As gimnospermas também continuaram a prosperar, sendo abundantes nesse período. Os insetos diversificaram-se muito durante o este período que após o surgimento das abelhas e borboletas que foram impulsionados pelas plantas com flores, já eram muito semelhantes aos atuais.

Sassafrás do Cretáceo – vegetal arborescente do Arenito Dakota.

Durante o Cretáceo houve a proliferação das plantas com flores e frutos

A palavra angiosperma vem das raízes gregas “angeion”, que significa vaso + “sperma”, significando semente. Esta designação alude ao fato de a semente das angiospermas estar contida em um ovário. Parece datar do Cretáceo o aparecimento do grupo. No decorrer deste mesmo período, a julgar pelos fósseis conhecidos, teriam dominado rapidamente o mundo vegetal.

Houve a formação das reservas carboníferas e petrolíferas nas bacias sedimentares.

– Aparecimento das plantas monocotiledôneas, ou seja, o surgimento da “grama” e das “plantas rasteiras”.

Como era a flora “brasileira” na época dos dinossauros?

Fonte superinteressante https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-era-a-flora-brasileira-na-epoca-dos-dinossauros/

SAUNA TERRESTRE

A temperatura média era 3 ºC mais alta, o que é muito. Em todo o planeta, inclusive na área que correspondia ao Brasil, havia períodos de grandes cheias, alternados com secas, como nas savanas tropicais

CADÊ O RIO QUE ESTAVA AQUI?

As estações do ano eram mais ou menos como no Brasil tropical de hoje: um grande verão chuvoso e um inverno seco. No verão, havia tanta água que se formavam rios temporários, que cortavam a Pangeia – na seca, eles evaporavam ou formavam áreas alagadas

PARQUES JURÁSSICOS

O período Jurássico foi o auge da vida dos dinossauros. Calcula-se que 80% deles viviam em regiões costeiras, fugindo das intensas secas do inverno. No período seguinte, o Cretáceo, a Pangeia se dividiu em dois continentes, Laurásia e Gondwana. Com isso, surgiram mais ambientes costeiros, os hábitats se diversificaram e as plantas com flores apareceram

PAÍS DAS SAMAMBAIAS

Na transição do Jurássico para o Cretáceo (Juro-Cretáceo), a paleoflora da área correspondente ao sul do Brasil era semelhante ao atual Cerrado. A planta típica era o Dicroidium, grupo de gimnospermas primitivo, cuja folhagem se parecia com a da samambaia. O Sul é a região mais conhecida, porque era a mais habitada por dinossauros (no mundo, os principais registros foram encontrados nos EUA e na Argentina)

CAMPOS DE VÁRZEA

As plantas eram adaptadas para intensos períodos secos, com fecundação independente da água. Além disso, não havia grama (ela só surgiu no início da Era Cenozoica, há cerca de 65 milhões de anos). No Jurássico, surgiram os pinheiros de grande porte. Essa vegetação se estendia do Sul ao Nordeste, incluindo o Centro-Oeste. No Cretáceo, as regiões viveram um aumento de população animal, com abundância de aves e répteis. Fósseis foram encontrados em Minas Gerais, Ceará e Maranhão

COMILANÇA

Os dinossauros herbívoros saurópodos (quadrúpedes pescoçudos e tricerátopos) se alimentavam principalmente de samambaias e cavalinhas, nas áreas mais úmidas. Na áreas secas, longe do litoral, comiam qualquer gimnosperma. Encaravam folhas, galhos e até cascas de árvores, que, embora pouco digestivas, eram tomadas por fungos e bactérias, que tornavam o alimento mais nutritivo

Como era a flora “brasileira” na época dos dinossauros .

NOVIDADES COLORIDAS

As plantas eram quase todas gimnospermas, ou seja, sem flores e frutos. O mais próximo de frutas que existiam eram os pinhos das coníferas, que serviam de comida a alguns dinos. No Cretáceo, as angiospermas se proliferaram, com frutas pouco carnosas e flores muitas vezes microscópicas. Ao fim do período, quando os dinossauros foram extintos, a Terra estava cheia de novas cores e perfumes

UMA ÚLTIMA CURIOSIDADE A hipótese mais aceita pelos pesquisadores é a de que as primeiras flores nasceram em ambiente aquático: nenúfares e ninfeáceas são as mais antigas

SENTE O DRAMA E FIQUE FELIZ.

No meio do Cretáceo, a formação de mais de 50% das reservas mundiais de petróleo que são conhecidas hoje, das quais as concentrações localizadas nos arredores do Golfo Pérsico e na região entre o Golfo do México e a costa da Venezuela.

Caso os dinossauros não tivessem sido extintos, você não estaria aí lendo esse texto – nem eu estaria aqui escrevendo. A grande extinção deixou nichos ecológicos vagos. Sem esse evento, os mamíferos não teriam se desenvolvido e a espécie humana não chegaria a existir. Se os dinossauros não houvessem entrado em extinção há 65 milhões de anos, teriam continuado seu processo de evolução e se adaptado às transformações da natureza. Eles continuariam a ser os donos do pedaço, mas o mundo seria bem parecido com o nosso: alguns animais no mar, outros nos campos, predadores à espreita, aves no céu e, é claro, seres inteligentes e até civilizados.

IMPORTANTE:

Em 1822 o geólogo belga D’Omalius d’Halloy deu o nome de Terrain Cretace, para determinadas rochas brancas da Bacia de Paris, e para depósitos semelhantes na Bélgica e Holanda, Inglaterra e para o leste da Suécia e Polônia. Por causa disto, posteriormente o termo “Cretáceo” veio a ser usado. Os famosos “Precipícios Brancos” de Dover são constituídos de uma típica rocha deste período geológico, assim como outros depósitos extensos que foram sedimentados na Europa e partes da América do Norte. No caso a rocha esbranquiçada é um calcário formado por conchas de micro-organismos.

RESUMO

Principais afetados – Dinossauros

1ª explicação – Um asteroide de mais de 10 quilômetros de diâmetro próximo a onde hoje é o Golfo do México.

2ª explicação – Há indícios de fortíssima atividade vulcânica no período, com consequências semelhantes ao impacto do asteroide.

3ª explicação – Existem muitas hipóteses.

4ª explicação – ….

5ª Explicação – …

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Nós que vivemos no máximo uns 100 anos, mal conseguimos conceber, 1.000 anos…10 mil, 100 mil, 1 milhão…quiçá 53 milhões….já pensou quantas glaciações? Nossa espécie deve durar mais uns 100 anos…e os primatas tiveram quanto tempo de vida 2 milhões de anos? Nossa espécie surgiu há 100 mil anos…agricultura há 10 mil, revolução industrial agora a pouco…

Bibliografia:

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http://www.rc.unesp.br/museupaleonto/cretaceo.htm

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http://ufrr.br/lapa/index.php?option=com_content&view=article&id=%2078

http://cienciaecultura.bvs.br/pdf/cic/v67n4/v67n4a11.pdf

https://www.sciencemag.org/news/2019/02/did-volcanic-eruptions-help-kill-dinosaurs

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