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EXTINÇÕES EM MASSA QUE ACONTECERAM NA TERRA PARTE 3 de 6

Extinção massiva do Devoniano e as primeiras árvores e florestas

Uma época em que o paisagismo já teria uma boa diversidade de plantas, estranhas para nós, mas com plantas, inclusive arbóreas.

EXTINÇÕES EM MASSA QUE ACONTECERAM NA TERRA PARTE 3 de 6 ou 7
Extinção massiva do Devoniano

De tempos em tempos, a Terra passa por grandes tragédias. Algumas, como a que se abateu no Devoniano especialmente sobre os pobres peixes. (vide imagens)

Nota 1 do Demis: Devoniano: “Do condado inglês de Devon”.


As árvores mais antigas do planeta eram mais complexas do que se pensava .
A pesquisa é baseada nas descobertas realizadas sobre restos fossilizados de árvores da família Cladoxylopsida, 374 milhões de anos Fonte da imagem infobae

Nota 2 do Demis: No final do período da Siluriano, há 419,2 milhões de anos atrás, os continentes da Terra abrigavam os primeiros ecossistemas terrestres, mas era uma terra muito diferente do que sabemos hoje. O período devoniano viu uma das radiações adaptativas mais importantes da história da evolução, caracterizada por uma explosão da vida terrestre de plantas e animais e peixes. Há 398 milhões de anos, na primeira fase do Devoniano, a flora sofreu uma revolução que teria fortes implicações para o futuro do planeta. As primeiras plantas começaram a ganhar corpo.

Ilustração e fósseis da Calamophyton . O estudo do estudo foi preparado por pesquisadores da Universidade de Cardiff .
Fósseis primordiais das primeiras árvores da Terra revelam sua estrutura bizarra
Uma ilustração de árvores cladoxylopsid, neste caso 
Calamophyton árvores que viviam no que é agora a Alemanha. 
fonte: Peter Geisen

Para minha surpresa as árvores mais antigas do planeta tinham uma morfologia mais complexa do que existe hoje, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Cardiff, e transformaram-se em densas florestas que se alastraram pelos protocontinentes.


Fósseis primordiais das primeiras árvores da Terra revelam sua estrutura bizarra
Uma seção transversal da árvore antiga. 
Cada um dos pontos pretos tem a sua própria série de anéis de árvores, ao contrário das árvores modernas, que normalmente têm apenas uma série de anéis de árvores nos seus troncos. 
Xu e Berry, 2017

 A estrutura do tronco de Cladoxylopsid incluiu um cilindro mais ou menos distinto de várias cadeias de xilema caulinar separadas conectadas internamente com uma rede de cadeias de xilema medulares e, próximo à base, externamente com raízes descendentes, todas embutidas dentro do parênquima. No entanto, os meios pelos quais este complexo sistema vascular foi capaz de crescer para um grande diâmetro é desconhecido.


Esta pintura mostra uma paisagem devoniana típica com Arqueópteros (canto superior direito), Prototaxites (centro superior) e várias samambaias e cavalinhas, criando as “primeiras florestas”.

A expansão do tronco está associada a uma zona cilíndrica de crescimento secundário difuso no parênquima terrestre e cortical e com a produção de uma grande quantidade de madeira contendo raios e incrementos de crescimento concentricamente ao redor de cadeias individuais de xilema por variação normal. 

O sistema de xilema acomoda a expansão pelo rasgo de interconexões de cabos individuais durante o desenvolvimento secundário. Esse modo de crescimento parece indeterminado, capaz de produzir árvores de grande porte e, apesar de algumas características únicas, convida à comparação com o desenvolvimento secundário em algumas monocotiledôneas vivas. Compreender a estrutura e o crescimento de cladoxilopsídeos informa a análise da competição de dossel nas primeiras florestas, com potencial para impulsionar os processos globais. 

O sistema de xilema acomoda a expansão pelo rasgo de interconexões de cabos individuais durante o desenvolvimento secundário. Esse modo de crescimento parece indeterminado, capaz de produzir árvores de grande porte e, apesar de algumas características únicas, convida à comparação com o desenvolvimento secundário em algumas monocotiledôneas vivas. 

Compreender a estrutura e o crescimento de cladoxilopsídeos informa a análise da competição de dossel nas primeiras florestas, com potencial para impulsionar os processos globais. O sistema de xilema acomoda a expansão pelo rasgo de interconexões de cabos individuais durante o desenvolvimento secundário. Esse modo de crescimento parece indeterminado, capaz de produzir árvores de grande porte e, apesar de algumas características únicas, convida à comparação com o desenvolvimento secundário em algumas monocotiledôneas vivas. 

Compreender a estrutura e o crescimento de cladoxilopsídeos informa a análise da competição de dossel nas primeiras florestas, com potencial para impulsionar os processos globais.

 

Na falta de animais herbívoros, nada as ameaçava: as árvores eram as soberanas da Terra. À medida que sequestravam o carbono da atmosfera e lançavam grandes quantidades de oxigênio, modificavam o clima para sempre, abrindo caminho para o surgimento de formas de vida mais complexas.


Fósseis primordiais das primeiras árvores da Terra revelam sua estrutura bizarra
Christopher Berry se agacha ao lado de um dos espécimes de cladoxilopsídeos encontrados no norte do Estado de Nova York. 
William Stein, Cortesia de Chris Berry .

Extinção massiva do Devoniano: foi uma série de extinções durante milhões de anos ao invés de um evento isolado.

Período – Devoniano, durou 58 milhões de anos.

Na escala de tempo geológico, o Devoniano ou Devónico, é o período da era Paleozoica do éon Fanerozoico, que está compreendido entre 416 milhões e 359 milhões de anos atrás, aproximadamente. O período Devoniano sucede o período Siluriano e precede o período Carbonífero, ambos de sua era.
Três quartos de todas as espécies da terra foram dizimadas nesse período, mesmo tendo sido uma série de extinções durante milhões de anos ao invés de um evento isolado. A vida nos oceanos foi a mais afetada e estima-se que essa extinção tenha acontecido há 360 milhões de anos atrás.

IMPORTANTE PARA BOTÂNICOS E AMANTES DE PLANTAS: 
Mas o que caracteriza uma árvore? Seu tamanho? Ou possuir um lenho com crescimento secundário, ou seja, no qual se formam anéis de crescimento com o passar do tempo? Se for pelo tamanho, as primeiras árvores apresentavam um formato que lembra as palmeiras de hoje, sendo incluídas dentro dos gêneros Gilboaphyton e Eospermatopteris, cujos fósseis são encontrados perto de Nova Iorque, nos Estados Unidos e no norte da Venezuela, na cordilheira de Perijá. O surgimento da possibilidade de ramificação abriu novas possibilidades, assim como o desenvolvimento de sistemas radicular e vascular mais eficientes. Tudo isso aconteceu, pelo registro que se tem, durante o transcurso da segunda metade do período Devoniano, entre 398 e 385 milhões de anos atrás. O desenvolvimento desse novo tipo de vegetais, as árvores, trouxe profundas mudanças aos ecossistemas continentais, tanto pelo surgimento das florestas e com elas novas possibilidades a vida, quanto para o ciclo do carbono, intemperismo das rochas, estabilização da erosão, balanço do CO2 e consequentemente do clima. As primeiras florestas possivelmente viviam próximo aos cursos de água, de forma semelhante às florestas ciliares que hoje em dia acompanham o curso dos rios.
O período coincide com a expansão da vegetação terrestre. As primeiras florestas da Terra influenciaram o ecossistema do planeta. Um estudo publicado na revista Nature reconstitui esses ambientes ancestrais, a partir da retomada de escavações do fim do século 19 em Gilboa, no estado norte-americano de Nova York. Lá, encontra-se o mais antigo conjunto de fósseis vegetais já descobertos, formado por centenas de árvores da extinta espécie Eospermatopteris eriana, da qual fazem parte as gigantes cladoxylopsidas.
Na floresta petrificada de Gilboa se descobriu uma área de 1,2 mil metros quadrados, onde foram identificados três tipos de plantas que podem solucionar os mistérios da ecologia ancestral. A floresta de Gilboa é um ícone desde que os primeiros fósseis vegetais foram encontrados por baixo de densas camadas de arenito.


Os cladoxilopsídeos alcançaram sucesso mundial: fósseis de suas coroas (que até a árvore de Gilboa eram plantas completas) foram encontrados na Europa, na China e nas Américas.


Em meados da década de 1990, o pesquisador já havia descoberto o tronco e a copa das cladoxylopsidas, que têm um parentesco com as atuais samambaias. O trabalho de Stein revelou que essas árvores enormes tinham um tronco esguio, com mais ou menos 6m de altura, coberto por uma coroa de folhas e troncos curtos, que se renovavam à medida que a planta crescia.
Acreditava-se que essa era a única árvore que compunha as primeiras florestas do planeta, mas agora se sabe que o ambiente era mais diversificado.


Os restos de plantas da floresta de Gilboa datam do período do Devoniano Médio, há aproximadamente 390 milhões de anos.


Os fósseis estavam muito bem preservados, sob uma superfície de sedimentos. O mais interessante é que as árvores se encontravam no mesmo lugar onde nasceram e cresceram, então foi possível reconstituir a floresta como ela era há mais de 300 milhões de anos.


Ao contrário do que muitos botânicos acreditam, os fósseis revelaram que as florestas ancestrais não eram simples, mas ecossistemas complexos, com plantas interagindo umas com as outras. Além das já conhecidas cladoxylopsidas, há registros em Gilboa de outras duas plantas, com diferentes padrões de crescimento, distribuição e histórico evolutivo. Uma delas pertence ao extinto grupo Aneurophytalean progymno­sperms. Eram plantas rizomatosas, com caules subterrâneos, constituindo uma vegetação rasteira. A terceira era uma árvore menor, com cerca de 1m de altura, mas os fósseis estavam muito fragmentados, então não conseguimos encaixá-la em nenhuma espécie. Ela se assemelha ao grupo das lycopsidas, que habitaram campos carboníferos no passado.


Calamitas / Anularia (extrema esquerda, Carbonífero tardio), 
Poliestireno (superior esquerdo, existente), 
Phlebopteris (superior direito, Triássico),
Osmundia (extrema direita, existente), 
Todites (inferior direito, jurássico), 
Psarônio (centro, Carbonífero tardio) e 
Rhacophyton (inferior esquerdo, tardio devoniano).


A descoberta de que a floresta de Gilboa não consistia somente de árvores cladoxylopsidas é memorável. Estudos paleoecológicos de outros sítios do Devoniano descrevem a flora ancestral como uma paisagem muito simples, com árvores bastante parecidas, crescendo lado a lado, com características morfológicas idênticas e adaptadas às mesmas condições ambientais”. 
Além da variedade da vegetação, as condições ambientais ao redor da maior floresta petrificada de que se tem notícia não eram tão tranquilas como se imaginava. Até agora, pensava-se que a vegetação, situada perto da costa de uma ilha, era, no passado, um pântano sereno.


As plantas colonizaram a terra no período Ordoviciano, há cerca de 
465 milhões de anos
No início do Devoniano, eles haviam desenvolvido muitas das características das plantas modernas, incluindo uma cutícula cerosa protetora, encanamento vascular para transportar água e nutrientes, e poros chamados estômatos para absorver o dióxido de carbono. 

 

A pesquisa dos sedimentos onde foram encontrados os fósseis, porém, sugere que periodicamente a floresta era afetada por episódios brutais de aumento do nível do mar que provavelmente mataram muitas plantas. “Esses distúrbios podem ter resultado em seleção evolutiva, pois a vegetação precisava criar mecanismos de adaptação para sobreviver. 


O entendimento da biodiversidade desse período é fundamental para compreender a vegetação atual. “Muitas das características morfológicas e anatômicas que prevalecem na flora contemporânea fizeram suas primeiras aparições nesse período. O tamanho e a diversidade dos fósseis de Gilboa são significativos para pesquisas que buscam solucionar o mistério da evolução das plantas na Terra”.
Quando se fala em fósseis, as pessoas imaginam dinossauros, mamutes, preguiças-gigantes, mas a vegetação fossilizada é tão importante quanto a fauna para compreendermos a história da Terra.
O aparecimento de densas florestas implica modelos climáticos completamente novos. Menos carbono na atmosfera, mais oxigênio liberado, aumento das precipitações, tudo isso foi fundamental para que a vida complexa saísse dos oceanos e começasse a se aventurar por um ambiente até então pouco favorável, mas que dá os primeiros passos para abrigar novas espécies e preparar o terreno para a aparição, dali a milhões de anos, do Homo sapiens.

A série de EXTINÇÕES DO DEVONIANO é conhecida também como O FIM DA IDADE DOS PEIXES

Suas causas ainda não são totalmente conhecidas e foram atribuídas a impactos de grandes meteoros, glaciação, redução do dióxido de carbono e falta de oxigênio dos oceanos. 
A superfície dos mares que tinha em torno de 34°C teve uma queda para 26°C e com isso grande parte da vida marinha se foi. O frio das áreas continentais foi devido a partículas levantadas possivelmente por impactos de meteoros.

SENTE O DRAMA: O evento vitimou cerca de 70% da vida marinha, sobretudo corais e estromatoporóides. Os placodermos, peixes que tinham a cabeça e tórax coberto por placas dérmicas, desapareceram neste evento.

IMPORTANTE: A evidência

RESUMO
Período – Devoniado durou 58 milhões de anos
Época* – entre 416 milhões e 359 milhões de anos atrás
Extinção: Foi uma série de extinções durante milhões de anos ao invés de um evento isolado.
Principais afetados: O evento vitimou cerca de 70% da vida marinha, sobretudo corais e estromatoporóides. Os placodermos, peixes que tinham a cabeça e tórax coberto por placas dérmicas, desapareceram neste evento.

1ª explicação – Aquecimento, seguido de rápida glaciação, associado a uma diminuição do oxigênio nos oceanos.
2ª explicação – Há evidências de um grande impacto de asteroide no período.
3ª explicação – …
4ª explicação – ….
5ª Explicação – …
.
É um estalar de dedos, que durou uns 58 milhões de anos,,,nós que vivemos no máximo uns 100 anos, nem conseguimos conceber, 1.000 anos…10 mil, 100 mil, 1 milhão…quiçá 53 milhões….já pensou quantas glaciações? Nossa espécie deve durar mais uns 100 anos…e os primatas tiveram quanto tempo de vida 2 milhões de anos? Nossa espécie surgiu há 100 mil anos…agricultura há 10 mil, revolução industrial agora a pouco…

Enquanto o devoniano termina logo após a dizimação de muitos dos ecossistemas marítimos do mundo, a vida continuou a prosperar na terra, à medida que os peixes aprendiam a andar e os primeiros insetos voavam. O rápido esverdeamento da terra apresentou um mundo de novas oportunidades nas quais nossos ancestrais distantes poderiam prosperar. No Período Carbonífero, durante o qual os ecossistemas terrestres ficaram totalmente selvagens, dando à luz insetos do tamanho de pássaros, escorpiões do tamanho de cães e os primeiros répteis.

Bibliografia:
RAVEN, P.H., EVERT, R.F. & EICHHORN, S.E. 2007. Biologia Vegetal, 7a. ed. Coord. Trad. J.E.Kraus. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro.

Surprisingly complex community discovered in the mid-Devonian fossil forest at Gilboa: https://www.nature.com/articles/nature10819

https://www.nature.com/articles/483041a?draft=journal#f1

https://www.infobae.com/economia/rse/2017/10/25/los-arboles-mas-antiguos-del-planeta-eran-mas-complejos-de-lo-que-se-pensaba/

https://www.pnas.org/content/early/2017/10/18/1708241114.abstract?sid=26b43f40-c914-4adf-b55d-ff8bc6df9b53

https://earthlyuniverse.com/devonian-earth-age-of-fishes-forests/

http://www.devoniantimes.org/who/pages/ferns.html

http://scienceandevolution.blogspot.com/2007/12/how-trees-changed-world.html

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