SiteLock Os efeitos dos microrganismos eficientes no processo de compostagem - Demis Lima

Os efeitos dos microrganismos eficientes no processo de compostagem

ESCUTE O ÁUDIO : Os efeitos dos microrganismos eficientes no processo de compostagem

É possível otimizar o processo de compostagem caseira?

É possível fazer a adição de microrganismos eficientes (ME) no processo de compostagem caseira?

Existem parâmetros físicos e químicos para avaliar o processo de compostagem caseira usando microrganismos eficientes (ME)?

https://www.youtube.com/watch?v=Dq-f8psVEsc

A compostagem caseira é a forma divertida de envolver os cidadãos na compreensão dos processos ecológicos envolvidos na produção e destinação de resíduos sólidos urbanos.

Pela ação dos microrganismos, os resíduos são transformados num composto equilibrado e rico em nutrientes que pode ser adicionado ao solo como corretivo orgânico e desta forma melhorar a sua produtividade.

No meu jardim, utilizo a vermicompostagem, compostagem lâminar e compostagem convencional, além de “compostagens aceleradas” (com fungos e a térmica com bactérias extremófilas). Extremófilo é o organismo que consegue sobreviver ou até necessita fisicamente de condições geoquímicas extremas, prejudiciais à maioria das outras formas de vida na Terra. Os mais conhecidos extremófilos são micróbios.

Os microrganismos eficientes (ME) consistem numa mistura de microrganismos aeróbios e anaeróbios tais como bactérias fotossintéticas (p.e. Rhodopseudomonas palustrus, Rhodobacter spaeroides), lácticas (p.e. Lactobacillus plantarum, L. casei, Streptoccus lactis), actinomicetes (p.e. Streptomyces albus, S. griseus), fungos como o Aspergillus oryzae, Mucor hiemalis e leveduras como Saccharomyces cerevisiae e Candida utilis . Eles ocorrem naturalmente nos solos saudáveis podendo ser aplicados como inóculos a solos degradados para melhorar a qualidade do solo bem como o crescimento e produtividade das plantas que nele crescem.

https://www.youtube.com/watch?v=IVt0pZUBK_s

Para a obtenção de compostos orgânicos de boa qualidade, o processo de compostagem deve ser rigorosamente controlado, avaliando diariamente variáveis como temperatura, aeração e umidade. A elevação de temperatura ao decorrer dos dias é a evidência que os micro-organismos estão degradando a matéria orgânica, pois estes liberam energia na forma de calor, o qual serve também para eliminar patógenos prejudiciais à saúde humana. O controle da umidade e aeração deve ser rigoroso para evitar a anaerobiose, levando à produção de metano e chorume.

A produção do composto orgânico requer a passagem por 4 etapas: a primeira é a multiplicação das bactérias e/ou fungos mesófilos (que atuam em temperaturas médias de 20 a 45°C) e o aumento na velocidade de decomposição; a segunda etapa é caracterizada pelo aumento da temperatura, que deve chegar no mínimo a 55°C, a fim de eliminar organismos patógenos e aumentar ainda mais a degradação dos compostos orgânicos. A temperatura mais elevada deverá permanecer ao menos cinco dias estável, com isso a temperatura do processo de compostagem volta a decrescer, indicando o início da terceira fase da compostagem, na qual os micro-organismos mesófilos voltam à atividade, contudo com menor rendimento comparado a primeira parte do processo. A última etapa é a maturação, na qual há reduzida atividade biológica e a formação do composto orgânico.

https://www.youtube.com/watch?v=kNrjPy19l68

Dentre as técnicas disponíveis, a compostagem tradicional é mais difundida e conhecida em termos do conhecimento de suas etapas e condução do processo, que consiste, basicamente, na montagem de pilhas com constante reviramento das mesmas no intuito de controlar umidade e temperatura. A compostagem convencional se mostra uma alternativa para o tratamento de resíduos orgânicos, tendo em vista o investimento inicial baixo.

A compostagem com a utilização de minhocas (vermicompostagem) também ganhou grande representatividade nesse cenário com objetivo de aceleração do processo pela presença desses organismos.

Outro método como a compostagem acelerada por pools de fungos e bactérias, os quais servem como inoculantes iniciais do processo, têm ganhado merecido destaque como formas alternativas e com diferentes relações de custo-benefício, dependendo do contexto em que estejam sendo aplicados.

Estudos comprovam que a adição de ME acelerou o processo de compostagem e aumentou a humidade.

Aumentou a salinidade do composto e não se verificaram diferenças significativas nos perfis de temperatura ao longo do processo bem como no rendimento ou densidade do composto final.

Os ME demonstram potencial como ferramenta biotecnológica para melhorar o processo de compostagem caseira.

Utilizo periodicamente nas minhas compostagens um sistema de inoculantes com leveduras Saccharomyces cerevisiae e bactérias produtoras de ácido láctico, Lactobacillus plantarum.

A compostagem acelerada com ME apresenta as mesmas características da compostagem convencional, entretanto, otimiza em cerca de 25% o tempo de compostagem do resíduo orgânico. Esse processo apresenta uma melhor disponibilização do nitrogênio na forma de nitrato.

A compostagem realizada com a utilização de minhocas californianas possibilita uma aeração constante do material que foi processado, dificultando a proliferação de bactérias anaeróbicas e, por conseguinte, da produção de chorume com forte odor.

O composto obtido com uso de minhocas apresenta um pH que não precisa de correção para a aplicação em hortas escolares. Além disso, apresenta baixos teores de fósforo e nitrogênio disponíveis (fosfato e nitrato), apesar de apresentar quantidades consideráveis de nitrogênio total e fósforo total. O teor de cinzas, obtido foi inferior aos teores gerados pelas compostagens convencional e acelerada. Entretanto, o alto teor de cinzas obtido reflete um alto grau do amadurecimento do composto.

Uso o vermicomposto junto à compostagem convencional, tenho obtido um condicionador do solo vigoroso que propiciar maior capacidade de troca catiônica e maior quantidade de substâncias húmicas e fitormonais.

Na fase de degradação há um intenso consumo de oxigênio, em função da alta atividade microbiológica, resultando na liberação de grande quantidade de dióxido de carbono, elevando a temperatura da pilha.

O meio da pilha sempre se mostra com temperatura mais elevada, tendo em vista que nessa porção da pilha a atividade microbiológica é favorecida pela retenção de calor devido à dificuldade de difusão do mesmo e manutenção de uma umidade favorável às reações enzimáticas.

O reviramento adequado e periódico é uma maneira eficiente não só de evitar a proliferação de bactérias anaeróbicas, como também de garantir que todas as porções da pilha sejam adequadamente processadas.

Na fase de humificação, o odor liberado pela pilha é de terra molhada e com um aspecto visual muito característico que varia do marrom escuro ao preto

(Variando de acordo com o material orgânico que foi disponibilizado inicialmente). As transformações são de ordem química, que consiste na polimerização de moléculas orgânicas estáveis e liberação de micronutrientes. Os diferentes métodos de compostagem resultaram em diferentes aspectos físico-químicos, o que era esperado tendo em vista as condições diferenciadas aos quais foram submetidos.

Caso queira acelerar o processo deve-se realizar o trituramento prévio da massa orgânica antes da montagem das pilhas, o que facilita a disponibilização de maior área de atuação dos microrganismos decompositores. Essa aceleração, propiciada por esse cuidado inicial é fundamental em contextos que geram resíduos de forma periódica e que dispõem de espaço reduzido para a montagem de pilhas ou leiras convencionais, visto que grandes volumes podem ser processados sem que haja a necessidade de disponibilização de grandes espaços para a sua acomodação. Além disso, a aceleração do processo, pela simples trituração do material orgânico, possibilita a rotatividade das pilhas em um mesmo espaço, visto que a maturação do composto também ocorre de forma breve.

REFERÊNCIAS

ANDREOLI, C.V.; BACKES, S.A.; CHERUBINI, C. Avaliação do processo de

compostagem utilizando podas verdes e resíduos do saneamento. Anais FERTIBIO Rio de Janeiro, 5p. 2002.

DA SILVA, F.C. Manual de análises químicas de solos, plantas e fertilizantes.

Embrapa. Segunda edição. Brasília, DF. 2009. 627 p.

KIEHL, Edmar José. Manual de Compostagem. Piracicaba: Editora Ceres, 1998.

LUCON, C.M.M & Chaves A.L.R (2004) Palestra – Horta Orgânica. Biológico, 66:59-62.

MAIA, C. M. B. de F.; BUDZIAK, C. R.; PAIXÃO, R. E. da; MANGRICH, A. S.

2003. Compostagem de resíduos florestais: um guia para produção de húmus

através da reciclagem e aproveitamento de resíduos florestais. Colombo:

Embrapa Florestas. 28p. (Embrapa Florestas. Documentos, 87)

NUNES, M.U.C. Compostagem de resíduos para a produção de adubo orgânico na pequena propriedade. Embrapa Tabuleiros Costeiros, p.1-7, 2009

 

 

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