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O HORTO É O JARDIM: HORTICULTURA

A horticultura é a parte da Agricultura dedicada à ciência (ou arte) de cultivar o “hortus“, expressão latina que significa jardim. A formação da palavra Horticultura reflete sua origem.

O horto – ou jardim – era o espaço de terreno fechado junto à residência destinado ao cultivo de frutas, legumes, temperos, ervas medicinais e também de flores. Assim, antes de chegar a sua função, o jardim teve primeiro uma utilidade prática.

Jardins comunitários comestíveis

 

 

A horticultura tem uma história que começou na antiguidade com as atividades inerentes à horta e à jardinagem. Desde os primórdios da agricultura e ao longo dos séculos, o cultivo de espécies hortícolas evoluiu para um processo de interação entre homem e planta.

Como parte de um setor amplo da produção de alimentos, tem desempenhado um papel importante na transição do homem primitivo para sociedades civilizadas.

Assim, a história da horticultura é, em grande parte, a história da civilização.

Horticultura -é o cultivo intensivo de plantas praticado no Hortusmedieval (Hortus–local murado próximo à residência).
◦Divisões:
1. Olericultura (oleris+ coleri= hortaliças + cultivar): estuda as hortaliças
2. Floricultura: estuda as flores
3 . Fruticultura: estuda as frutas
4. Silvicultura: estuda as florestas
5. Paisagismo: estuda os parques e jardins.
Existem variações na definição de diversos autores

AS PRIMEIRAS PLANTAS DOMESTICADAS

BREVE HISTÓRIA DA AGRICULTURA: DE COLETOR PARA AGRICULTOR

Com o avanço do conhecimento e o interesse em aumentar a produtividade dos cultivos, o antigo horto foi dividido em três áreas específicas, surgindo o pomar, a horta e o jardim propriamente dito.

O conceito atual da horticultura é a ciência e a arte de cultivar frutas, hortaliças, flores e plantas ornamentais, plantas medicinais, aromáticas e condimentares.

Dicas de Cultivo das plantas de comer, ornamentais e medicinais na Quarentena

A Jardinagem é uma atividade profissional ou ao mesmo tempo recreativa, que tem o objetivo de embelezar determinados locais, públicos ou privados pelo cultivo e manutenção de plantas. 

O adepto da jardinagem, profissional ou não, designa-se como jardineiro. São muitos os locais onde se podem praticar tal arte: desde espaços grandes até pequenos pedaços de terra , como um simples vaso de flor. 

Embora se pratique jardinagem essencialmente com fins ornamentais, poderão existir também objetivos e de organização do território e urbanismo, principalmente nas grandes cidades, onde os jardins (parques) são de grande importância para a qualidade de vida dos seus habitantes.

A importância dos micróbios para o solo vivo da horta e do jardim

O SOLO TEM QUE ESTAR VIVO PARA SER SOLO
É a parte superficial da crosta terrestre e tem sua origem na decomposição de rochas e minerais. Em relação às plantas, tem como função primordial fornecer nutrientes e servir de suporte às raízes.
Diz respeito à distribuição das partículas que formam um solo (areia, silte e argila). De acordo com os percentuais de cada uma delas, tem-se:
· Solo de textura arenosa: menos de 15% de argila,
· Solo de textura média: de 15 a 35% de argila,
· Solo de textura argilosa: mais de 35% de argila.

Como determinar a textura do solo:
– Solo argiloso: liso e pegajoso. O solo argiloso é formado de partículas minúsculas que absorvem umidade, tornando-o pesado e pegajoso. Embora difíceis de serem trabalhados, costumam ser bastante férteis.
– Solo arenoso: seco e solto. O solo arenoso seca rapidamente e não retém bem os nutrientes. Precisa de maior manutenção do que o argiloso, mas, inicialmente, é mais fácil de ser trabalhado.

A vida no solo do jardim

 

Vida no solo de um jardim biodiverso

São os elementos de que as plantas necessitam nos seus processos vitais. São divididos em macronutrientes e micronutrientes.

Macronutrientes
São aqueles requeridos em grandes quantidades: C- carbono, Hhidrogênio, O-oxigênio; N-nitrogênio; P-fósforo; K-potássio; Ca-cálcio; Mg-magnésio e S-enxofre.
 Micronutrientes
São aqueles requeridos em pequenas quantidades: Cl-cloro; Fe-ferro;
Cu-cobre; Zn-zinco; Mn-manganês; B-boro; Mo-molibdênio e Co-cobalto.

pH do solo
Está relacionado com o índice de acidez, variando segundo a escala abaixo:
0——————————-7———————————-14
pH ácido pH neutro pH básico
Cada espécie vegetal tem uma faixa de pH do solo na qual seu desenvolvimento é ótimo. De maneira geral, pode-se dizer que a maioria das plantas prefere solos com pH na faixa de 4,0 a 7,5.

Calagem
É uma prática de manejo da fertilidade do solo que consiste na
aplicação de calcário, com o objetivo de eliminar ou minimizar os efeitos
prejudiciais da acidez e fornecer cálcio e magnésio para as plantas.
Tipos calcário:
Calcíticos: possuem cálcio,
Magnesianos: possuem magnésio,
Dolomíticos: possuem cálcio e magnésio.
Época de calagem: A calagem deve ser feita de 60 a 90 dias antes do
plantio. Esse período é necessário para que a acidez do solo seja corrigida,
deixando o solo adequado para o desenvolvimento das plantas.

A dosagem a ser aplicada depende do tipo de solo e da análise química do mesmo, feitas em laboratório.
Aplicação de calcário: dependendo da área, pode-se fazer a aplicação do calcário manual ou mecânica. A distribuição manual é feita a lanço e
deve-se procurar espalhar o mais uniformemente possível. A distribuição mecânica é feita por distribuidora centrífuga à tração mecânica.
Incorporação do calcário: o calcário deve ser incorporado a uma profundidade de 15 a 20 centímetros. A incorporação deve ser uniforme
para permitir boa eficiência do calcário. A incorporação pode ser feita por gradagem ou manualmente utilizando enxadas.

Adubação
Consiste na incorporação de nutrientes ao solo com o objetivo de melhorar sua qualidade. Existem diferentes tipos de fertilizantes fornecedores de nutrientes:
a) Fertilizantes ou adubos minerais simples: podem ser classificados em :
Nitrogenados: contêm nitrogênio(N), que atua no crescimento das plantas. Ex.: sulfato de amônio, uréia, salitre do Chile e nitratos em geral.


Fosfatados: contêm fósforo(P), que atua no crescimento das raízes, crescimento das plantas, floração e frutificação. Ex.: superfosfato simples e superfosfato triplo.


Potássicos: contêm potássio(K), que atua na produção de flores, bem como na resistência da planta ao aparecimento de doenças. Ex.: cloreto de potássio, sulfato de potássio.

b) Fertilizantes ou adubos mistos: são aqueles resultantes da mistura de dois ou mais fertilizantes simples (nitrogenado, fosfatado e potássio). São representados pela letra símbolo de cada elemento, sendo o mais comum o NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), nas formulações percentuais: 4-14-8; 20-5-20 e 10-10-10.

Obs.: Existem no mercado alguns fertilizantes comercializados na forma líquida.


c) Fertilizantes ou adubos orgânicos: podem ser de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutrientes. Ex.: farinha de ossos, farinha de sangue, tortas vegetais (soja, algodão, mamona, girassol ou amendoim), esterco de bovino, esterco de galinha e húmus de minhoca.


d) Composto orgânico: é formado pela decomposição de material vegetal como mato, palhas, folhas, restos de roça, restos de gramado, restos de cozinha, estercos diversos e até mesmo cinza.

PREPARO DO SOLO
 No preparo do solo para plantio, pode-se fazer covas, canteiros ou sulcos, dependendo da espécie e da finalidade.
Para o plantio de árvores e palmeiras, recomenda-se abertura de
berços de dimensões 60x60x60 cm, ao passo que para o plantio de arbustos, arbustivas e trepadeiras, os berços deverão ter dimensões 40x40x40 cm.

Para o plantio de forrações e espécies herbáceas, geralmente se faz o preparo de canteiros e, nesses, então, são abertos pequenos berços com auxílio de sacho ou pazinha de jardim.

Para a formação de cercas-vivas, recomenda-se a abertura de sulcos, pois o espaçamento de plantio é bastante reduzido.
À terra retirada das covas deve-se misturar o calcário, esterco e
adubo (superfosfato simples).

Essa mistura deve ser recolocada no berço ou sulco e deixar por 10 a 15 dias. Só então proceder ao plantio.

 

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